quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Corpo Vestígio de Cristina Perneta







"Corpo Vestígio"

Instalação

Um corpo, habitado num espaço, um quarto de banho. Nele a água, que servia para purificar, que servia para dar, que servia para relaxar, que servia para lavar, que servia para tocar, que servia para limpar, que servia para estar, que servia para amar, que servia para cuidar, que servia para respirar.






Cristina Perneta

Nasceu no Funchal, 1979. Vive e trabalha no Funchal.
Licenciatura em Artes Plásticas, Universidade da Madeira

Exposições Individuais (recentes)
2006/7_Paisagem sobre uma linha d´água, Pintura/Instalação Museu Casa da Luz, Funchal / Galeria Associarte
_Just as long as I stay I´ll be waiting, Pintura/Instalação, Pestana Casino Park Hotel, Funchal
2005_Corpo Privado, Desenho/Vídeo/Instalação, Museu de Arte Contemporânea, Forte de São Tiago, Funchal

Paticipa em várias exposições colectivas
em Portugal, Malta, Viena de Áustria e Itália.





Olho-te e não te vejo.... de Merícia Lucas

Merícia Lucas Andrade, nasceu em Santo António, 1975.

Licenciou-se em Design / Projectação, pela Universidade da Madeira (2004).

Frequenta o ano da dissertação no Mestrado em Arte e Património: no contemporâneo e actual.

Participou em algumas exposições colectivas.

Tem trabalhado na área da música em demanda de uma tradição insular renovada, no grupo Banda d'Além e ainda na esfera de uma outra tradição musical corporizada nos Estados Unidos, o Jazz, no grupo Oficina.




Olho-te e não te vejo....

Fotografia

A minha intervenção é consequência de uma das minhas visitas à casa, espaço de intervenção de um colectivo, onde imaginei uma personagem, habitante da casa. Este ser que a habita, em solidão, consome as suas horas a olhar/espreitar por uma frecha no tapa-sol, resultado da queda de duas das suas tabuinhas.
Vive o seu dia a dia, observando as pessoas, os objectos que preenchem/percorrem o seu estreito campo de visão. Constrói, assim, uma realidade, a sua, num diálogo mudo, distante, com uma prole de interlocutores espectrais que povoam o outro lado da sua vida.
Escolhi o corredor da casa, espaço privilegiado para a comunicação entre as diversas dependências da casa, lugar de trânsito obrigatório, e depósito/expositor de coisas diversas - o retrato de um parente/coronel de bigode farfalhudo, um jarra solitária com uma flor desbotada – lugar de comunicação imediata, no presente, mas sobretudo, diferida, com o passado.
Aqui instalei as fotos que perscrutam o outro lado da rua, mas que ironicamente, só dão a saber a figura espectral que espreita, afinal, para dentro de si....