terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Figurinhas de Papel (de parede) de Filipa Venâncio


Filipa Venâncio

Nasceu no Funchal em 1965.
Licenciatura em Artes Plásticas/ Pintura pelo ISAPM.
Expõe desde 1987. Participou em vários painéis colectivos, ilustrações e cenografias e está representada no Museu de Arte Contemporânea da Madeira, no Museu Etnográfico da Madeira e em algumas colecções particulares .

EXPOSIÇÔES(selecção):
INDIVIDUAIS: 2007- Presépio a 150 m, Casa das Mudas, Centro das Artes, Calheta; The End, Fundação John dos Passos, Ponta do Sol; Corbeille, Sala de exposições da Universidade da Madeira, Funchal/ 1999– Como se Fosse…, Bar Imprevisto, Lisboa/ 1990- Exposição, Galeria do Turismo, Funchal

EM PARCERIA: 2006-REPRESENTANTES DE QUARTO, c/ Fagundes Vasconcelos/2004- SILÊNCIOS, Magnólia, c/Eduardo Freitas, /2002-CASA AZUL, Pintura e Desenho c/Eduardo Freitas/1994- HABITÁCULOS, c/Manuel Gomes, Galeria do Turismo/1991- QUARTO CRESCENTE, c/Guilhermina da Luz.

COLECTIVAS: 2004- PROJECTO LONARTE, Casa das Mudas; JOHN DOS PASSOS, Fundação John dos Passos; 20 OLHARES SOBRE O CORPO EM MOVIMENTO, Museu da Electricidade/2001- OS FIÉIS DE LURDES, Quinta do Revoredo/1999- AO LARGO DAS ILHAS, AÇORES; 20 ANOS DE ARTES PLÁSTICAS NA MADEIRA/1998- 30 ARTISTAS DA MADEIRA EM SETÚBAL/1997 POLLEN, Galeria do Turismo/1996- FAZEDORES DE NUVENS, Teatro Municipal Baltazar Dias/1993- COLECTIVA, Porta 33/ 1987-MARCA MADEIRA 87.










Figurinhas de Papel (de parede) resulta duma dupla apropriação do desenho, enquanto elemento de vestígio recuperado das ranhuras e fendas existentes nas paredes do quarto e do desenho, também como estereótipo, resgatado de um contexto afectivo.
Trata-se de um trabalho que procura proceder a uma desmontagem da ideia de representação, questionando com ironia a comparência legitimada do desenho estereotipado, neste espaço, através da simultaneidade de combinações: do molde e do seu decalque, da matriz e da sua cópia, da forma e sua sombra.



O estereótipo assume aqui múltiplas presentificações através da colagem e do decalque deslocado de figuras recortadas em cartolina, envolvidas por laivos de manchas e traçados picotados, que replicam os processos de estampagem, que estas paredes evocam.
É um desenho epidérmico, no sentido da aplicação por camadas a um outro preexistente. E é um exercício “de faz de conta".
Ao convocar estes desenhos intrusos para deambular pelas paredes, entre a luz e a penumbra, originando (im)prováveis (des)encontros, proponho conjecturar as teias de relações que estas figurinhas estabelecem ou não entre si, também com outros recortes datados, e falar da suspensão temporal que lhes está associada.

1 comentário:

efervescente disse...

Parabéns Filipa... deste lado um seu antigo aluno, distante, numa estadia perene no norte de um Portugal em placa continental. Mesmo não estando a par de tudo o que acontece no panorama artístico da nossa ilha, agrada-me ver a multidisciplinaridade desta iniciativa, bem como, a participação em massa dos protagonistas da arte na Madeira...